Dificuldades na aprendizagem da matemática
Áreas de dificuldade que podem interferir no desempenho em matemática
Habilidades espaciais: as dificuldades em relações espaciais, distâncias, relações de tamanho e para formar sequências podem interferir em habilidades como: medir, estimar, resolver problemas e desenvolver conceitos geométricos.
Perseverança: são dificuldades para passar mentalmente de uma tarefa para outra,ou seja, atividade com vários passos para resolução.
Linguagem: são dificuldades para compreender termos como: primeiro, último, seguinte, maior que, menor que e outros.
Raciocínio abstrato: dificuldade na compreensão de conceitos abstratos, sendo necessária a utilização de material concreto para resolução.
Memória: dificuldade em relembrar informações que foram apresentadas.
Processo perceptivo: as dificuldades na área perceptiva acarretam problemas na leitura e escrita de quantidades, na realização de operações e em alguns casos na resolução de problemas.
Noções necessárias para a aprendizagem da matemática
Correspondência: agrupar um objeto com outro (um lápis para cada aluno).
Classificação: agrupar os objetos em categorias de acordo com alguns critérios (cor, tamanho, formato).
Seriação: ordenar objetos de acordo com o tamanho (do menor para o maior) ou de acordo com o peso (mais pesado para o menos pesado).
Conservação: operação mental necessária para a construção do raciocínio lógico. Constituição de objeto permanente (a bola existe mesmo quando sai do campo de visão do bebê).
Reversibilidade: capacidade de fazer, desfazer e fazer novamente.
Proporcionalidade: compreensão das noções lógico-matemáticas, das frações e probabilidades.
Numeração: compreensão do sentido do número como sendo mais do que uma simples palavra, pois se refere a um todo, composto por unidades incluídas nele e guardando a relação de ordem com o restante dos números.
Valor posicional: unidade, dezena, centena, etc.
Compreender operações: é importante não somente saber as respostas das operações, mas compreendê-las de fato.
Resolução de problemas: é necessária a compreensão do texto, ordenar partes do problema e a compreensão lógica do enunciado e das competências do raciocínio abstrato que são utilizados para resolvê-lo.
Correspondência: agrupar um objeto com outro (um lápis para cada aluno).
Classificação: agrupar os objetos em categorias de acordo com alguns critérios (cor, tamanho, formato).
Seriação: ordenar objetos de acordo com o tamanho (do menor para o maior) ou de acordo com o peso (mais pesado para o menos pesado).
Conservação: operação mental necessária para a construção do raciocínio lógico. Constituição de objeto permanente (a bola existe mesmo quando sai do campo de visão do bebê).
Reversibilidade: capacidade de fazer, desfazer e fazer novamente.
Proporcionalidade: compreensão das noções lógico-matemáticas, das frações e probabilidades.
Numeração: compreensão do sentido do número como sendo mais do que uma simples palavra, pois se refere a um todo, composto por unidades incluídas nele e guardando a relação de ordem com o restante dos números.
Valor posicional: unidade, dezena, centena, etc.
Compreender operações: é importante não somente saber as respostas das operações, mas compreendê-las de fato.
Resolução de problemas: é necessária a compreensão do texto, ordenar partes do problema e a compreensão lógica do enunciado e das competências do raciocínio abstrato que são utilizados para resolvê-lo.
Os sinais da discalculia
Os
sinais da discalculia podem começar quando a criança inicia sua vida escolar na
pré-escola.Outras criança começam a apresentar dificuldades um pouco mais
tarde.Mas como podemos reconhecer discalculia no dia-a-dia da criança ou do
adulto? Para determinar se uma criança ou adulto tem discalculia é necessária
uma avaliação rigorosa de um psicologo ou médico. Depois de diagnosticada a
dificuldade, a ajuda de um psicopedagogo é muito importante.A lista de
dificuldades exposta abaixo, não deve ser considerada como completa, mas mostra
os exemplos mais comuns de dificuldades especificas da matemática que
caracterizam a discalculia. Porém, se uma pessoa manifesta a maioria dos
problemas relacionados na listagem, isso indica que a pessoa apresenta
dificuldades gerais em matemática , e não, discalculia.
Dificuldades com leitura e compreensão:
Confusão
com o aspecto parecido dos números, 6 e 9 ou 3 e 8;
Falta
de habilidade para compreender os espaços entre os números como por exemplo: 5
69 é lido como quinhentos e sessenta e nove;
Dificuldades
no reconhecimento, e portanto, no uso dos símbolos para calcular: mais, menos,
multiplicação e divisão;
Dificuldades
na leitura de números com mais de um dígito. Números com zero podem
especialmente dificultar. Exemplo: 4002 ou 304;
Confusão
na leitura da direção dos números: o 12 pode se tornar 21. Não é usual para
algumas crianças mudarem a direção de alguns números que são lidos
precisamente, da esquerda para direita, enquanto outras lêem de trás para
frente;
Problemas
com leitura de mapas, diagramas e tabuada;
Dificuldades
com a escrita números e símbolos, com freqüência os números são revertidos;
Problemas
com cópias de números, cálculos e ilustração de figuras geométricas;
Problemas
em lembrar números, cálculos e memorizar a forma das figuras geométricas;
Dificuldades
de lembrar como os números e as operações são escritas. Nesse caso, pode ser
mais fácil para o aluno escrever os números com letras;
Dificuldades
de lembrar como os símbolos matemáticas são escritos;
Dificuldades
na escritas de números com mais de um dígito. O zero pode não aparecer na hora
da escrita, por exemplo: mil cento e sete pode ser escrito 107; dezessete pode
ser escrito como 71 ou ainda, quatro mil quinhentos e trinta e cinco ser
escrito em quatro diferente números(o número pode ser dividido em partes):
4000, 5000, 30, 5;
Dificuldades
em entender conceitos e símbolos;
Dificuldades
em entender os símbolos matemáticos e dificuldade em lembrar como deve ser
usado, por exemplo, o sinal de menos;
Problemas
com o entendimento de conceitos de peso, espaço, direção e tempo;
Problemas
para entender perguntas orais ou escritas que são apresentadas com palavras,
texto ou figuras;
Problemas
para entender conceito de soma, onde números são usados em conjunto com
unidades como, por exemplo, 100 metros. O problemas também podem ser no
entendimento dos números ordinais, pois não entendem a seqüência, primeiro,
segundo terceiro, etc;
Problemas
em entender as relações entre as unidades;
Problemas
na aplicação prática da matemática, por exemplo: A distância da casa de Ana até
a escola é de 1 km. Maria mora duas vezes mais longe. Qual a distancia que
Maria tem que percorrer para chegar à escola?;
Problemas
com a seqüência dos números e fatos matemáticos-
Dificuldades
em entender a posição dos números, maior ou menor. Exemplo: 16 vem antes ou
depois de 17.
Problemas
com a seqüência dos números, a criança não entende automaticamente que 74 é 5
unidades a mais que 69, ou é incapaz de saber o lugar dos números 8 ou 27 na
série numérica. Essas crianças tem que contar nos dedos para fazer um cálculo
básico. Não conseguem memorizar a tabuada de multiplicação;
Dificuldades
em fazer cálculos mentais, devido a problemas de memória que faz com que o
aluno perca números importantes usados na no cálculo;
Problemas
com contagem de trás para frente.Levam muito tempo para resolver tarefas
simples;
Problemas
com pensamentos complexos;
Dificuldades
de escrever um pensamento, mostrando falta de habilidade para demostrar a
estratégia na resolução de problemas ou como as estratégias podem se mudadas;
Problemas
em compreender os diferentes de passos em uma tarefa matemática;
Dificuldades
em abstrair dados em uma tarefa matemática e como proceder para resolvê-la;
Outras dificuldades:
Dificuldades
com conceitos semelhantes de passado e futuro;
Dificuldades
em avaliar tarefas ou atividades que devem ser cumpridas;
Fraca
orientação espacial ou habilidades de resolver problemas espacias, mostrando ter
limitado senso de direção ou tendo dificuldades de se ajustar a novos
ambientes. Exemplo: Um novo trajeto para se chegar a escola;
Variações
de atenção e dificuldades de concentração;
Memória
limitada para nomes e rostos.Dificuldades em administrar dinheiro;
Dificuldades
em ler as horas;
Dificuldades
em processar informações apresentadas rapidamente e também distinguir o que é
importante;
Dificuldades
com jogos que envolvam estratégia. Exemplo: xadrez.
Texto traduzido do livro:
What is dyscalculia? Dr B.
Adler, 2001, pg 14 - 17.
Psicomotricidade na Discalculia
As dificuldades de aprendizagem
da matemática são frequentemente camufladas por situações como Dislexia e/ou a
Disgrafia. Sabemos que a estruturação perceptiva desempenha um papel
fundamental no desenvolvimento da matemática. O papel da psicomotricidade, nos
períodos pré-escolar e escolar, será auxiliar a criança na passagem da fase
perceptiva à fase da representação mental, bem como na consolidação dos
conceitos inerentes à matemática. Assim,
todas as atividades vividas pela criança serão analisadas do ponto de vista
perceptivo, posteriormente simbolizadas, tanto na plano verbal como no gráfico
(Matias, 2010).
Exercícios de reforço
Lateralidade:
Realizar jogos de arremesso, ora
com lado direito, ora com o lado esquerdo. Em crianças mais pequenas não deverá
ser mencionado lado direito nem esquerdo mas sim "este lado" e agora
o "outro lado". A instrução poderá ser associada a uma informação
tátil.Continuar com a tarefa anterior
mas em atividades de pontapear. Em crianças mais velhas, colocar no chão , em
linha, bolas de papel (de diâmetro suficiente para caber um pé em cima da bola)
e de duas cores, alternadas. Uma cor corresponde ao pé direito e a outra ao pé
esquerdo. A criança deverá colocar o pé na cor correspondente. Trocar as
correspondência e a disposição das bolas.
Exercícios de reforço da Noção do
Corpo associada à Noção de Quantidade:
Mostrar à criança as diferentes
formas de mostrar dos dedos, mediante o pedido. Começar por mostrar até três e
enumerar gradualmente;
Continuar com a tarefa anterior,
mas associado a uma quantidade equivalente de um objecto à escolha (exemplos:
bolas, lápis, bonecos);
Realizar a primeira tarefa mas
associar a movimentos corporais globais, como saltos, passos;
De frente para o espelho e com a
ajuda de alguns objectos (arcos, bastões e cordas), posicionar o corpo segundo
a forma de um número.
Exercícios de reforço da
Estruturação Espaço-Temporal:
Comparar tamanhos de objetos,
introduzindo as noções de altura, comprimento e largura;
Realizar filas de objetos, de
forma a poder identificar o primeiro e o último, em função da posição da
criança;
Ordenar fotografias da criança,
do seu pai (ou mãe) e do seu avô (ou avó). Primeiro ordenar dos mais novo para
o mais velho, e posteriormente fazer o inverso;
Montar um cronograma diário, em
que estejam representadas as diferentes partes do dia e as principais
refeições. Debaixo delas deverão constar desenhos ou fotografias, das
atividades realizadas pela criança.
Exercícios de reforço da
Atividade Perceptivo-Motora:
De frente para o espelho, a
criança deverá colocar-se numa posição, a qual será imitada parcialmente pelo
técnico. A criança deverá identificar as diferenças. Trocar;
A criança realiza uma pequena
sequência de movimentos (exemplo: saltar, bater uma palma e sentar), a qual
será imitada parcialmente pelo técnico. A criança deverá identificar as
diferenças. Trocar;
Com cordas, ajudar a criança a
construir figuras geométricas no chão. Passar por cima das cordas, pé ante pé,
ajudando a criança a verbalizar o trajecto que acabou de realizar, em cada uma
das figuras;
Desenhar as figuras geométricas
numa folha e explicar as diferenças. Em crianças mais pequenas, o tracejado
poderá ser usado como suporte ao desenho, bem como o sei discurso poderá ser
apoiado em perguntas do técnico.
Referência Bibliográfica:
Matias, A.R. (2010, Março).
Psicomotricidade: Dificuldades na aprendizagem da matemática. O Guia para Pais e
Educadores, (28), 8.
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