Nossas vivências na Sala de Recursos Multifuncional 2011/2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

15 de maio AEE - DEFICIÊNCIA VISUAL

 17 de maio - Atendimento Carlos Eduardo

Exercícios de  Orientação e Mobilidade com o uso da bengala.

Conforme solicitada pelo professor do AEE, Marcelo o educando Carlos ganhará uma bengala infantil para esses momentos, mas desde já está recebendo orientações do professor, com auxílio da professora Andréa.




Percepção e identificação dos obstáculos no passeio.


Carlos adora a idéia de poder utilizar uma bengala.




Curso de Orientação e Mobilidade.

24/09/2011 - Profª. - Celina Bittencourt de M. Campos.
Extraído do Site Bengala Legal - http://www.bengalalegal.com/curso-om

Módulos:

I - Habilidades anteriores. Bengala.

1 - Objetivos.

Tornar o aluno cego capaz de:
  • Caminhar com eficiência e segurança com um guia vidente.
  • Utilizar naturalmente pistas não verbais.
  • Desenvolver habilidades para a locomoção independente.

2 - Técnicas do guia vidente.

  • Com o dorso da mão, o guia toca o braço da pessoa cega;
  • Esta segura o braço do guia, logo acima do cotovelo;
  • A pessoa cega mantém-se meio passo atrás do guia.
Em geral, pessoas cegas acima de 1,78 m seguram a pessoa que as guia pelo ombro para maior conforto das mãos e braços.

Estabelecendo contato com o guia.

  • Um estímulo verbal pode ser uma indicação da posição do guia;
  • A pessoa cega, num movimento horizontal do antebraço, com a mão relaxada, busca um contato com o guia;
  • Com este ponto de referência, o cotovelo é localizado, assumindo a posição adequada.

3 - Dando meia-volta, em pequeno espaço.

  • o guia, verbalmente, indica à pessoa cega que é necessário dar meia volta; a pessoa cega solta o braço do guia, ambas dão meia -volta;
  • Estabelece-se o contato novamente, com a pessoa cega segurando o braço oposto ao que segurava.

4 - Transferência de lados.

  • O guia fornece uma indicação verbal para transferência de lados;
  • A pessoa cega coloca sua mão livre logo acima de onde segura o braço do guia, com os dedos na direção do braço oposto do guia;
  • Solta a mão que segura o braço do guia, caminhando em direção ao outro braço, sem perder o contato;
  • Segura apropriadamente o outro braço do guia.

5 - Passagem estreita.

  • O guia move seu braço para trás, em direção ao meio de suas costas;
  • A pessoa cega transfere-se para trás do guia, estendendo completamente seu braço;
  • Quando acaba a passagem estreita, o guia coloca seu braço na posição normal.

6 - Aceitando ou recusando ajuda.

Observação: essa técnica e necessária quando a pessoa cega espera alguém e aparece uma pessoa querendo ajudá-la, desnecessariamente. Também em ocasiões em que quem quer ajudá-la não conhece a maneira adequada de se guiar um cego.
  • A pessoa cega responde que não é daquela maneira o correto para levá-la;
  • Pressão do novo guia relaxando o braço que foi seguro e levantando-o em direção ao ombro oposto, mantendo os pés parados;
  • Com a mão livre, a pessoa cega segura o pulso do guia, explicando a forma correta de ser guiada;
  • A pessoa cega puxa o pulso do guia para frente, até que este o solte;
  • Utiliza sua mão livre e assume a posição apropriada orientando o guia.

7 - Subindo ou descendo escadas.

  • O guia aproxima-se do degrau;
  • Dá uma pequena parada ao chegar à frente do degrau, posicionando-se frontalmente a ele;
  • O guia sobe o primeiro degrau, sendo acompanhado pela pessoa cega, que vai sempre um degrau atrás;
  • O guia dá uma pequena pausa ao chegar ao ultimo degrau continuando o percurso logo em seguida.

8 - Abrindo e fechando portas.

  • Ao aproximar-se de uma porta e importante que a pessoa cega se posicione no lado correto, para facilitar a passagem;
  • O guia dá a informação necessária se a porta abre para a esquerda ou direita;
  • A pessoa cega deverá ter a mão esquerda (ou direita) livre, para auxiliar a fechar a porta depois da passagem.

9 - Sentando-se.

  • O guia para próximo a cadeira e coloca a mão livre da pessoa cega no encosto ou braço da cadeira. Assim, a pessoa cega terá conhecimento da localização da cadeira;
  • A pessoa cega procura um toque de perna com a cadeira, procurando, com inspeção manual, verificar se não há nada sobre o assento;
  • Senta-se devagar, evitando jogar-se na cadeira.

10 - Sentando-se num auditório.

  • O guia para na fileira apropriada;
  • A pessoa cega alinha-se ao lado do guia;
  • Este inicia um movimento lateral, até chegar ao assento vago;
  • A pessoa cega, de costas para o assento, toca-o com suas pernas verificando se não há nada sobre ele e sentando-se.

II - Técnicas de Autoproteção.

Objetivos: Permitir a pessoa cega caminhar eficientemente, com segurança e independência, a princípio em ambientes familiares (internos), dando-lhe o máximo de proteção, sem o uso de um auxílio para a mobilidade.

1 - Proteção superior.

  • O braço é colocado paralelo ao chão, na altura dos ombros;
  • O antebraço é flexionado, formando um angulo obtuso de, aproximadamente, 120 graus;
  • Os dedos devem estar relaxados, junto e a palma virada para fora.

2 - Proteção inferior.

  • A mão é colocada na direção do meio do corpo, aproximadamente a 20cm. do corpo e na direção dos quadris;
  • O dorso da mão é voltado para fora, os dedos relaxados e juntos.
Obs.: Esta técnica pode ser usada juntamente com a anterior ou «trailing».

3 - "Trailing" (acompanhando com a mão).

  • Virada na direção que deseja seguir, a pessoa cega se coloca paralelamente ao objeto que deseja acompanhar; (mesa, parede, armário, etc.)
  • O braço próximo ao objeto é estendido para baixo e ligeiramente para frente;
  • O objeto a ser acompanhado deve ser encontrado com o dorso da mão relaxada;
  • Um contato leve é mantido pelos dedos mínimo e anular, enquanto a pessoa acompanha o objeto.

4 - Passando por portas abertas.

  • Quando a pessoa cega, em seu caminho acompanhando uma parede, encontrar uma porta aberta, deve manter sua linha de direção até tocar outra vez na parede, depois da porta.
  • Portas entreabertas são perigosas para pessoas cegas; devem verificar se a porta está totalmente aberta e, se não a encontrar junto à parede, dar um passo paralelo contrário à parede com a mão esticada para a frente. Caso não encontre a porta dessa vez significa que esta está completamente fechada.

5 - Tomando direção.

Alinhamento perpendicular.
  • A pessoa cega se coloca de costas para o objeto; ;
  • Dá um primeiro passo firme na direção que deseja seguir;
  • Obs.: o objeto pode ser um tapete., uma mesa, uma porta, etc.
B - Alinhamento paralelo.
  • A pessoa cega coloca-se lateralmente ao objeto ou pista sonora;
  • Imagina sua linha, projetando um objeto à sua frente e caminhando ao som ou ao objeto.

6 - Familiarização de ambientes.

1º Método:
  • A pessoa cega inicia a pesquisa de um determinado ponto;
  • Caminha pelo perímetro do ambiente, buscando relações entre os objetos que encontra, até voltar ao ponto inicial.
2º. Método: "grade".
  • A pessoa cega acompanha uma parede verificando a relação entre os objetos;
  • Logo após, retorna um pequeno pedaço dessa parede já percorrida e fazendo o ângulo adequado, atravessa o local até chegar à parede oposta;
  • Caminha outra pequena distância e volta à parede anterior, até cobrir todo o local.

7 - Objetos caídos.

  • A pessoa cega para imediatamente quando ouvir um objeto cair;
  • Localiza o som onde o objeto caiu e se posiciona de frente para ele;
  • Caminha na direção dele, parando um pouco antes da sua provável localização;
  • Abaixa-se utilizando a técnica de proteção superior;
  • Procura o objeto, utilizando movimentos circulares ou de grade até encontrá-lo.

III - Técnicas com a Utilização da Bengala.

1 - Caminhando com um guia vidente.

  1. Com um guia experiente: a pessoa cega segura naturalmente a bengala;
  2. Com um guia inexperiente: a bengala é colocada em técnica diagonal curta, dando maior proteção à pessoa cega.

2 - Colocação da bengala:

  • A bengala pode ser colocada num canto da sala, ou encostada numa parede;
  • Quando a pessoa cega está sentada, poderá colocar a bengala no chão, paralelamente ou perpendicularmente a cadeira onde está. Pode também colocá-la na posição vertical, entre as pernas.

3 - Técnica diagonal.

Esta técnica deve ser usada num ambiente familiar, pois oferece alguma proteção.
  • A bengala é segura pelos quatro dedos da mão, flexionados, o polegar deve ficar estendido e apontando para baixo;
  • O braço, antebraço, e a mão devem ficar estendidos;
  • A mão que segura a bengala deve ficar a cerca de 15 a 30cm à frente dos quadris e o cabo da bengala deve estar afastado da linha do ombro (para fora) cerca de 5cm;
  • A bengala desliza suavemente no chão ou vai elevada cerca de 2cm. No 1º caso, não e possível perceber degraus ou depressões.

4 - Trocando de mãos em técnica diagonal.

  • A pessoa cega movimenta sua mão, que segura a bengala, na direção da outra mão;
  • Segura a bengala com a outra mão, continuando seu caminho.

5 - Encontrando objetos.

  • Quando a bengala tocar no objeto, firmá-la contra ele;
  • Colocar a bengala em posição vertical, sem perder o contato com o objeto, levando-a frente e observando a altura deste.

6 - Abrindo porta.

  • Quando a bengala tocar a porta, a pessoa cega deve usar os procedimentos de "encontrando objetos";
  • Estende o braço e desliza a bengala para a direita e para a esquerda até encontrar a maçaneta;
  • A pessoa cega desliza a mão livre pela bengala, até encontrar a maçaneta;
  • Abre a porta com a mão livre, usando técnica diagonal;
  • Fecha a porta e continua seu caminho.

7 - Técnica diagonal acompanhando superfícies.

  • A pessoa cega se posiciona paralelamente ao objeto, ou parede, com a bengala na mão oposta que está próxima a parede;
  • Acompanha a parede elevando a bengala cerca de 5cm, ou tocando leve- mente no ponto de convergência;
  • Deve-se manter sempre à direita.
Observações:
A pessoa deve saber usar ambas as mãos e Quando esta técnica for usada, o tamanho do passo deve ser diminuído, por-que o tempo de reação é menor.

8 - Subindo escadas.

  • A pessoa cega encontra o 1º degrau, mantendo o contato com este;
  • A bengala é colocada em posição vertical e a pessoa se aproxima do degrau, segurando a bengala um pouco mais abaixo;
  • A pessoa cega move a bengala no degrau para a direita e esquerda, colocando-se de frente para a escada;
  • A ponta da bengala é colocada na beira do 2º. degrau;
  • Com a bengala em posição vertical ou semi-vertical, braço estendido, a pessoa vai subindo a escada, tocando em todos os degraus;
  • Quando a bengala não encontrar mais nenhum degrau, desliza a bengala assumindo a técnica para continuar seu percurso.
Observações: Com algumas pessoas será necessário usar corrimão. O professor deverá colocar-se atrás da pessoa cega e próximo ao corrimão, para apoiá-la se houver problema.

9 - Descendo escada.

1º Método:
  • Quando a bengala cai na borda do degrau superior, deve ser segura na posição vertical, sem se afastar;
  • A pessoa cega deve deslizar a bengala para o lado direito e para o lado esquerdo, colocando-se de frente para a escada;
  • A ponta da bengala toca a borda do segundo degrau, numa posição semidiagonal;
  • A bengala desliza todos os degraus até chegar ao chão, quando desliza mais e a pessoa desce ainda mais um degrau, continuando seu caminho.
2º Método:
  • O 2º método difere do 1º na colocação da bengala nos degraus;
  • Em vez da bengala tocar os degraus, é colocada cerca de dois centímetros acima da borda do degrau, deslizando apenas quando chega ao plano;
  • O corrimão deverá ser usado pelas pessoas idosas ou que tenham problemas de equilíbrio; a pessoa cega deve ser alertada que a bengala sempre chega um degrau antes. Depois que a bengala desliza no plano ainda há necessidade de descer mais um degrau;
  • O professor deve colocar-se a frente da pessoa e próximo ao corrimão.

10 - Técnica de toque.

Possibilita pessoa cega encontrar declives e objetos no plano vertical em ambientes familiares ou não.
A pessoa segura a bengala usando a mão direita, ou esquerda da seguinte maneira:
  • A bengala descansa na linha média da base da palma da mão, com o dorso da mão voltado para fora;
  • O dedo indicador fica estendido ao longo da bengala, apontado para baixo:
  • O polegar é colocado sobre a bengala, com unha voltada para cima;
  • Os outros dedos flexionam-se em volta da bengala, bem relaxados.

11 - Técnica de toque: acompanhando objetos (ou paredes, etc).

Permitir pessoa cega manter uma linha reta enquanto caminha, localizar algum objetivo e manter contato com o ambiente.
  • A pessoa cega deve posicionar-se na direção que deseja seguir e próximo ao objeto que deseja acompanhar;
  • Diminuir o passo, alterando a técnica de toque: tocando no chão e no objeto que acompanha.

12 - Troca de técnica (de diagonal para toque e vice e versa).

  • A pessoa cega modifica a posição da mão colocando-a na direção da linha média do corpo;
  • Assume a posição própria para a técnica de toque.

13 - Examinando objetos.

  • A pessoa, depois de encontrar o objeto com a bengala, coloca-a na posição vertical, mantendo-a em contato com o objeto;
  • Desliza a mão pelo cabo da bengala até encontrar o objeto.

14 - Desviando-se de Obstáculos.

  • Ao encontrar um obstáculo, a pessoa desliza a bengala do objeto para fora, observando se o caminho está livre de outros problemas;
  • Volta a linha de direção inicial.

IV - Mobilidade em Ambientes Externos.

1 - Familiarização com automóveis.

Objetivo - possibilitar pessoa cega entrar e sair de automóveis com segurança, eficiência e independência.
  • A pessoa entra em contato com o carro e determina a direção para onde está virado (informação verbal, ou pela observação do espelho retrovisor, limpador de parabrisas, etc.);
  • Localiza a janela dianteira (ou traseira), buscando a maçaneta do carro;
  • A pessoa abre a porta, transferindo a bengala para a mão que a abriu e mantendo-a sempre em contato;
  • Com a mão livre a pessoa toca a capota do carro, próximo à porta;
  • Toma cuidado e abaixa a cabeça para que ela não bata na capota ao entrar;
  • Busca o assento do carro, observando se está livre de objetos;
  • Abaixa-se e senta-se;
  • Variam as preferências para entrar no carro: alguns preferem sentar-se primeiramente para depois colocarem as pernas para dentro, outros preferem pisar primeiro e depois sentar-se);
  • Coloca a bengala no carro e fecha a porta.
Para sair do carro.
  • A pessoa pergunta se pode abrir a porta;
  • A bengala toca o chão antes;
  • A pessoa toca o teto e sai do carro, tomando cuidado com a cabeça.

2 - Iniciando as caminhadas externas.

  • Toque leve;
  • Amplitude do arco; altura da bengala;
  • Reações quando a bengala prende num obstáculo: a posição do pulso, cotovelo e ombros;
  • Seguindo a caminhada;
  • Manter o ritmo do passo;
  • Manter-se caminhando em linha reta;
  • Orientação básica;
  • Habilidade em perceber esquinas;
    1. Declives;
    2. Distância;
    3. Tráfego de automóveis ou pedestres;
    4. Abertura no som;
    5. Vento ou o sol;

3 - Acompanhando o meio fio.

  • A pessoa encontra o meio-fio, adaptando a técnica de toque: a bengala, quando encontrar o meio-fio, desliza na sua quina, dando a direção a seguir;
  • Deve-se cuidar para que seja bem feito o arco para o lado oposto do meio-fio, para poder-se encontrar um ponto de referência como poste, árvore, etc.

4 - Atravessando ruas.

* Obs.: todas as técnicas disponíveis para que pessoas cegas atravessem ruas sozinhas são impensáveis de ser realizadas em médias e grandes cidades, restando seu uso em em ruas com pouco tráfego e silenciosas o suficiente para se escutar a aproximação de veículos.
  • Alinhar-se com os pés perpendiculares a linha do meio-fio;
  • Executar um ângulo de 180 graus na rua, para observar se não há automóveis, montes de terra, etc...;
  • Quando não ouvir nenhum barulho de carro, atravessar a rua;
  • Ao chegar ao outro meio-fio, tocá-lo com as pontas dos dedos dos pés e executar com a bengala um angulo de 180 graus na calçada, observando se há postes, árvores, buracos, etc...;
  • Subir a calçada e continuar o seu percurso.

5 - Atravessando rua próximo a um automóvel estacionado*.

  • Se a pessoa, ao chegar ao meio-fio, encontrar um automóvel estacionado, devera acompanhar o lado do carro até encontrar uma parte livre para atravessar;
  • Alinhar-se no meio-fio, deslizando a bengala para ambos os lados;
  • Descer para a rua acompanhando a frente (ou a parte de trás) do carro até sua extremidade;
  • Parar, ouvir o tráfego e imaginar uma linha reta;
  • Atravessar.

6 - Atravessando a rua e encontrando um carro parado no outro lado*.

  • Se ao atravessar, encontrar um carro à frente da calçada oposta, circundar o veículo;
  • Quando chegar ao meio-fio, observar, com um ângulo de 180 graus se há algo sobre a calçada e continuar seu percurso.

7 - Modo de encontrar os melhores lugares para atravessar a rua.

  • Não se deve atravessar uma rua na esquina, na parte mais larga;
  • A pessoa pode, sem perceber, caminhar na direção errada, indo para o meio da outra rua; Os carros que viram na rua podem não ter tempo de parar;
  • Chegando a esquina da rua a ser atravessada, encontrar o meio-fio, e acompanhando-o, afastar-se da esquina até encontrar um ponto de referência que mostre segurança no local para atravessar;
  • Atravessar a rua e voltar a rua principal e continuar seu percurso.

8 - Atravessar a rua no sinal luminoso*.

  • Encontrando um ponto de referência, a pessoa cega deve identificar as direções do fluxo de carros;
  • Perceber os carros freando ou acelerando, indicando a mudança do sinal ou a aceleração ou desaceleração dos motores;
  • Identificar carros dobrando para a direita e esquerda;
  • A princípio, utilizando o técnico como guia, a pessoa cega dirá quando deve atravessar;
  • A pessoa cega atravessa sozinha, sabendo da presença do técnico.

9 - Solicitando ajuda.

  • A pessoa cega localiza pistas sonoras (vozes, passos, etc.);
  • Aproxima-se da pessoa a uma pequena distância e vira-se para ela, solicitando a informação;
  • Agradece e continua seu caminho.
Obs.: este procedimento é muito importante para pessoas com baixa visão, que são confundidas com pessoas que enxergam..

11 - Ônibus.

  • Aproximar-se do ônibus utilizando técnica diagonal;
  • Acompanhar o lado do ônibus até encontrar a porta de entrada;
  • Segurar a bengala com a mão esquerda e com a direita segurar o corrimão;
  • Para segurar o corrimão superior, abrir a mão, deslizando a ponta dos dedos pelo teto, até encontrá-lo;
  • Para se sentar, encostar levemente a perna no assento e verificar se está vago ou não;
  • Para sair do ônibus, a bengala é segura pela mão esquerda e a direita segura o corrimão superior até chegar no vertical;
  • Encontrando os degraus, a bengala vai sempre à frente, tocando o chão da rua antes da pessoa descer;
  • Chegando à calçada procurar posicionamento e seguir na direção que deseja.

12 - Escadas rolantes.

  • A pessoa localiza a escada rolante por pistas sonoras; entra em contato com o lado direito da escada e passa a bengala para a mão esquerda (fazer o procedimento oposto caso a pessoa seja canhota);
  • Localiza o corrimão de borracha com as mãos, o inicio dos degraus com a ponta da bengala e move os pés na direção aos degraus;
  • Colocando levemente a ponta do pé sobre os degraus que surgem, percebe o ponto entre um degrau e outro;
  • Logo ao passar um desses pontos, pisa no degrau, apoiando-se no corrimão;
  • Coloca a bengala no degrau imediatamente superior;
  • Quando percebe que o corrimão está voltando a posição horizontal, levanta a ponta dos pés. Quando a bengala tocar na parte fixa da escada, a pessoa dá um passo a frente, seguindo seu caminho.

13 - Caminhando por áreas - usando a técnica de toque reduzido.

  • A pessoa cega desliza sua mão para mais abaixo, no cabo da bengala;
  • Diminui o passo e o arco, mantendo a técnica de toque;
Obs.: Esta técnica é utilizada bastante em áreas urbanizadas onde se passa por muitas pessoas em ruas estreitas. A redução do ângulo e distância da bengala das pessoas cegas são reduzidos para que as pessoas não atropelem as bengalas. Em ruas esburacadas serve para detectar-se melhor os obstáculos das calçadas. Em lugares mais conhecidos e seguros usa-se a técnica em que tanto o ângulo quanto a distância são maiores.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Centro de Produção / SR3
Coordenadoria para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
UERJ - CORDE. - 1998.
Revisado por Éthel Rosenfeld e Marco Antonio de Queiroz.








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