Segundo Cunha (1988, p. 42) é definido que a
literatura deve ser “aprendida” pelo aluno, um silêncio total preenche o tempo
entre a apresentação do título da obra a ser lida e a prova que comprove sua
leitura.Ensinar o “ato” de ler, por meio da Literatura
Infantil, não é simplesmente ensinar a criança a ler o mundo, mas sim um “ato”
de amor, uma vez que, “Literatura é arte. Foi a maneira mais bonita que a
palavra encontrou para expressar-se verbalmente bela”.
Para Abramovich (1994, p. 23) o ouvir histórias
pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatrar, o
imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo.A literatura mexe com a imaginação, pensamento e
ajuda na formulação de idéias, visto que, um homem evoluído tem mente evoluída,
e esta é a tarefa principal da Literatura Infantil, formar cidadãos conscientes
de seus direitos e deveres nesta sociedade.
Ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de
prazer, de divertimento dos melhores... è encantamento, maravilhamento,
sedução... O livro da criança que ainda não lê é a história contada. E ela é
(ou pode ser) ampliadora de referenciais, poetura colocada, inquietude
provocada, emoção deflagrada, suspense a ser resolvido, torcida desenfreada,
saudades sentidas, lembranças ressuscitadas, caminhos novos apontados, sorriso
gargalhado, belezuras desfrutadas e as mil maravilhas mais que uma boa história
provoca... (ABRAMOVICH, 1994, p. 24)
É necessário que o professor faça a seleção de
livros de literatura que tenham boa estética, texto apropriado, uma ilustração
motivadora, etc. É através da literatura infantil que se pode fornecer
condições da criança ter “conhecimento do mundo e do ser” por intermédio da
realidade criada pela fantasia do escritor.
Como diz Louis Paswels (apud Abramovich , 1994, p.
24) quando uma criança escuta, a história que se lhe conta penetra nela
simplesmente, como história. Mas existe uma orelha detrás da orelha que
conserva a significação do conto e o revela muito mais tarde.
O ato de ouvir uma história não fica somente na
audição das palavras, mas é fixado na mente da criança, fazendo com que ela
possa interpretar o mundo social onde está inserida, transformando-se num
sujeito ativo e participativo.A literatura infantil desenvolve não só a
imaginação das crianças, como também permite que elas se coloquem como
personagens das histórias, das fábulas e dos contos de fada, além de facilitar
a expressão de idéias.
Sendo assim, para que se consiga sucesso nesse
sentido, pode-se inventar e improvisar situações gostosas e significativas como trabalhos em
grupos, debates, leitura crítica de jornais, dramatização de histórias, etc. É
através de situações como estas que o aluno irá perceber-se como um sujeito
atuante, que sente liberdade, prazer e gosto pela leitura e com certeza
sentir-se-á também valorizado por participar desse processo.
Sandra Vaz
de Lima
Nascida no
município de Telêmaco Borba - Paraná. Graduada em Letras/ Inglês/Espanhol e
Pedagogia. Especialista em Educação Especial e Psicopedagogia Clinica/
Institucional. Atua na área de Educação Especial na Rede Municipal e
Estadual, e na Formação de Docentes
http://www.artigonal.com/marketing-internacional-artigos/literatura-infantil-e-educacao-1863690.html
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